História de cidadania italiana

Reconhecer a cidadania italiana é se conectar com as nossas origens

O processo que busca reconhecer a cidadania italiana é também uma forma de conhecer nossos antepassados, os lugares e a forma como viveram. Conheça a história de Andréia Fuzinelli, jornalista e chef de cozinha, que teve sua cidadania italiana reconhecida há 10 anos.

O fato de sabermos sobre nossos antepassados, como viveram, quais eram seus costumes e as tradições dos lugares por onde passaram, pode nos ajudar no crescimento psicológico e também profissional, ensinando a desenvolver a inteligência intuitiva e outras habilidades. E quando falamos sobre a busca para reconhecer a cidadania italiana, o sentimento não é diferente.

As raízes de uma família sobrevivem por gerações e influenciam nossos comportamentos. Não se trata apenas de genética, mas também a contribuição dos nossos familiares, pais, tios, avós, bisavós, que forma nossa personalidade. Conhecendo a cultura e a forma de viver dos nossos antepassados, ganhamos a sensação de pertencimento, que contribui para a formação da nossa identidade. E esse é apenas um entre muitos outros benefícios de conhecer as nossas origens. Foi isso que descobriu a jornalista Andréia Fuzinelli, 48 anos, quando decidiu reconhecer a cidadania italiana, 10 anos atrás.

Quando a Andréia se interessou pelo processo reconhecimento, vivia em Londres, na Inglaterra, e precisava de documentação que legalizasse sua permanência no país. Eu já morava em Londres, mas tinha visto de estudante. E assim, eu precisava renovar o visto todos os anos. Era um processo burocrático, eu perdia muito tempo e ainda ficava caro demais. Além disso, com o visto de estudante eu não podia trabalhar mais que 20 horas por semana, o que era pouco, disse.

No Brasil, a busca documentos e o mergulho na história da família

Mas logo a jornalista percebeu que a jornada seria ainda mais rica e emocionante que somente conseguir um passaporte europeu. A busca de documentos, em visita ao Brasil, foi feita com ajuda da família. Cada visita a um parente para localizar alguma certidão era um mergulho no passado, com relatos de histórias vividas pelos bisavós, fatos sobre a chegada ao Brasil, e sobre as dificuldades enfrentadas nas lavouras de café em cidades do interior de São Paulo, em que os tratos, na época, eram quase totalmente manuais.

A cada conversa com uma tia ou tio mais idoso eu me reconhecia ainda mais italiana. O modo de vida da minha família no Brasil, as comidas que costumávamos cozinhar desde a infância, tudo eram tradições italianas. Receitas e costumes que foram trazidos pelos bisavós e passados por gerações.

Para você que está começando a pesquisar suas origens, leia nosso texto sobre Como montar a árvore genealógica

Vida na Itália e mais reencontro com as origens

O segundo momento do processo de reconhecimento da cidadania italiana foi feito na Itália, por meio de uma assessoria contratada. Andréia morou por algum tempo em uma casa nas montanhas da Toscana, na província de Lucca.

Esse período impactou fortemente a minha vida. Eu saí da Toscana com a não renúncia já emitida. Estava tudo pronto para pedir meu passaporte no consulado italiano se São Paulo, assim que retornasse ao Brasil. Mas decidi mergulhar um pouco mais na minha história. Aluguei um carro e viajei para a região do Vêneto. Fui conhecer a comune de San Martinho Buon Albergo, onde nasceram meus antepassados. Chegar na vila e imaginar meu bisavô vivendo naquele lugar foi uma sensação incrível, muito emocionante, conta Fuzinelli.

Apesar de não ter encontrado nenhum Fuzinelli na cidade, a Andréia descobriu muitas semelhanças com seu modo de vida brasileiro, especialmente na alimentação. E essa descoberta influenciou seus passos quando retornou para casa.

A herança italiana influenciando os negócios

De volta ao Brasil, apaixonada por gastronomia, Adréia Fuzinelli decidiu recriar as receitas que a avó costumava preparar para a família. Dessa pesquisa nasceu um livro de receitas que conta a história da família e da chegada dos antepassados ao Brasil.

Recriei as receitas da minha avó. Fui ajustando os ingredientes. A cada prato que fazia, chamava as irmãs de minha mãe para provar. Queria que os sabores fossem os mais próximos possível das comidas que minha avó preparava. E assim nasceu também a ideia de investir na carreira de chef de cozinha. Abri uma empresa de massas artesanais italianas, com as receitas de família.

Ao unir suas profissões à história de sua família, a jornalista e chef de cozinha entende que resgatou suas origens de forma profunda e produtiva, utilizando a conexão com o passado para também planejar o futuro. Além disso, Andréia vê a busca e o reconhecimento da cidadania italiana como uma forma de fixar a memória emocional e desenvolver mais empatia com as histórias dos imigrantes. Ao aprendermos sobre a história do nossos avós e bisavós, entendemos os desafios que enfrentaram desbravando um país estrangeiro e tão diferente da Itália. A compaixão que sentimos, desenvolve em nós a empatia. É uma habilidade tão importante para a convivência tranquila com familiares e no ambiente de trabalho, não é?.

Reconhecimento da cidadania italiana e suas possibilidades

A cidadania italiana também proporcionou à jornalista a permanência e trabalho legalizado na Comunidade Europeia e o livre trânsito entre países, sem a necessidade de passar pelo processo de imigração nos aeroportos. Ela conquistou a possibilidade de estudar com preços mais acessíveis, afinal é uma cidadã europeia. Aproveitando essa vantagem, fez cursos de especialização em gastronomia na França e na Inglaterra.

O passaporte italiano é um dos mais poderosos do mundo, está em terceiro lugar no ranking. Se você quer mais detalhes sobre as vantagens da cidadania italiana clique aqui.

A jornalista e chef de cozinha planeja voltar a viver na Europa com o filho de 6 anos. Ela quer continuar trabalhando com gastronomia, mas na Itália, ampliar seus conhecimentos nessa área com estudos, e melhorar a experiência com trabalhos em restaurantes locais. Terá a possibilidade de se aposentar e receber em euros. Viver em uma fazenda da Europa, como os antepassados, que eram agricultores. Ou mesmo retornar ao Brasil, e investir em gastronomia, que era a habilidade principal da sua avó.

Já pensou em realizar seus projetos, ainda por cima recebendo em moeda europeia? Qual é mesmo a cotação de hoje do Euro?!

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